A Jornada de quem se Perdeu para Finalmente se Encontrar

A Jornada de quem se Perdeu para Finalmente se Encontrar

Desde os primórdios, o ser humano busca uma resposta para o sofrimento. Tentamos encontrar alívio nas conquistas materiais, na companhia de outras pessoas, na aparência física ou na saúde perfeita. No entanto, quanto mais nos apegamos a esses meios, mais percebemos que o vazio persiste. É como correr em círculos, tentando saciar uma sede que nenhuma fonte do mundo parece capaz de matar.

Essa é a essência do que os mestres espirituais chamam de Samsara, o ciclo contínuo de nascimento, morte e renascimento, marcado por desejos e ilusões. O filósofo indiano Jiddu Krishnamurti já dizia que “a mente que busca está sempre inquieta, e a inquietude é o próprio sofrimento”. O problema não está na busca, mas em procurar fora aquilo que só pode ser encontrado dentro.

O ciclo da ilusão: dinheiro, amor e aparência

Em algum momento da jornada, todos nós acreditamos que o dinheiro trará liberdade, que o amor preencherá o vazio, que o corpo perfeito trará aceitação. Mas, como alertava Allan Watts, pensador britânico, “o desejo de segurança e permanência é o que nos torna inseguros”.

Muitos passam uma vida inteira acumulando bens ou experiências, sem perceber que cada conquista traz uma nova insatisfação. É o looping do Samsara — a repetição infinita de tentativas de fuga do próprio sofrimento.

Quando olhamos ao redor, percebemos que cada pessoa está em um estágio diferente dessa busca: alguns na fase do poder, outros na do prazer, outros ainda na espiritualidade superficial. Todos, sem exceção, procuram o mesmo: paz.

O ponto de rendição: quando Deus se torna o destino

E então chega o momento da virada — quando a alma, cansada de buscar em vão, volta-se para a origem de tudo. É o instante em que deixamos de procurar o divino fora e passamos a senti-lo dentro.

É neste encontro interior que o ciclo de sofrimento começa a cessar. A graça divina, como dizem os mestres, não é uma recompensa, mas um chamado à lembrança. Quando percebemos que Deus nunca esteve ausente — nós é que nos distanciamos — nasce a verdadeira liberdade espiritual.

Autores contemporâneos como Deepak Chopra e Eckhart Tolle também reforçam essa visão. Chopra descreve Deus como “a inteligência cósmica que flui em tudo o que existe”, enquanto Tolle ensina que “o fim do sofrimento começa quando paramos de resistir ao presente”.

O verdadeiro Nirvana: reencontro com o eterno

Nirvana, na filosofia budista, não é um lugar — é um estado de consciência em que o ego se dissolve e a paz se instala. Encontrar Deus é, portanto, encontrar o próprio centro silencioso do ser, onde nada falta, nada é temido e tudo é aceito.

Quando esse despertar ocorre, o mundo exterior continua o mesmo — mas o olhar muda. O dinheiro, o amor, o corpo, tudo passa a ter valor, mas sem ser a fonte da felicidade. Como dizia Rubem Alves, “felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia”.

Todos nós estamos em busca de alívio, de sentido, de paz. Mas o segredo é compreender que o fim da busca não está em “algo” que conquistamos — e sim em quem nos tornamos quando paramos de correr e simplesmente confiamos no fluxo divino da vida.

Talvez, o maior ato de fé seja aceitar o agora como o ponto onde Deus nos encontra. 

Em que fase da sua busca você está? Compartilhe nos comentários como tem lidado com os desafios do caminho espiritual. Se este texto tocou seu coração, espalhe-o — talvez ele chegue até alguém que hoje precisa lembrar que a paz que procura já habita dentro de si. 

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